No debate de um caso clínico foi recortada a demanda de contenção que, por estrutura, não pode se manifestar senão com o próprio corpo. Esse movimento aparecia sob a forma de idas e vindas do paciente em um dispositivo de Saúde Mental, uma presença que, evocando o Fort Da, se fazia pelo real.
Ao recortarmos esse movimento como o modo de estar no dispositivo a sua maneira, percebeu-se que as palavras não se articulavam em um discurso, seus elementos eram dispersos onde o S1 não se ligava ao S2, prejudicando o laço social.
O ir e vir criava fugazes e precários pontos de basta que, mesmo assim, possibilitavam alguns momentos de organização imaginária e interrompiam o automaton no uso de drogas.
Discussão rica possibilitada pelo intercâmbio da Unidade de Pesquisa “Clínica e política do ato” com o departamento VEL – Violência e Estudos Lacanianos do ICBA – Instituto Clínico de Buenos Aires.
Nosso afeto e agradecimento aos colegas Marcelo Marotta, Graciela Ruiz e Ernesto Derezensky. Valeu Gustavo Kroitor pelo apoio internético!