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Sobre a Roda de conversa do Núcleo de Pesquisa Práticas da Letra

Renata Estrella 

Encerramos nossas atividades deste semestre – momento em que seguimos trabalhando as lições sobre a peça Hamlet do Seminário 6 – com uma instigante roda de conversa com Marcus André Vieira e Ram Mandil, contamos também com a participação de Andréia Reis. Nossos convidados puderam trazer algo do encontro de membros ocorrido em Inhotim (abril de 2017) a partir de algumas das nossas inquietações. A conversa partiu de uma questão sobre o desejo, lido por Lacan em Hamlet de forma nova e que abre para uma discussão sobre as relações entre fantasia e sinthoma.

Para Ram, Lacan se pergunta no Seminário 6 como o sujeito vive a pulsão tendo atravessado a fantasia, daí uma aproximação possível entre a narrativa de Shakespeare e a escrita de Joyce, lidas na perspectiva do final da análise. Em Joyce, não aparece na análise de Lacan a questão da fantasia, sendo o sinthoma uma forma de nomeação que não visa o sentido. Somos capturados pela obra de Joyce, há uma transmissão que não é pela identificação, daí a proposta de Marcus André de pensarmos o ato. O ato faria um escoamento de gozo que pode suscitar, ou não, uma nomeação. Pensando, então, o ato em Hamlet, o que parece é que ele só pode se deparar com o desejo a partir da circunscrição simbólica de uma perda real do objeto de onde surge um caroço de real na cena da fantasia que o empurra a agir.  Seguimos, assim, ao próximo semestre com algumas questões, entre elas, o estatuto do objeto na fantasia e no sinthoma e a relação entre desejo e ato, acompanhando o que Lacan traz no Seminário 6 como o grande segredo da psicanálise, “não há Outro do Outro”. Seguiremos trabalhando os escritos de Lacan com o auxílio dos poetas.

Lacan com Freud soletrando Hamlet: a tragédia do desejo[1]

Bruna Guaraná

Este presente texto é fruto das discussões empreendidas no Núcleo de Pesquisa Práticas da Letra do Instituto de Clínica Psicanalítica do Rio de Janeiro (ICP). As últimas discussões foram baseadas nas sete lições dedicadas à Hamlet por Lacan. O Práticas da Letra busca valorizar o modo de leitura que inclui, nesse movimento, a escrita. Daí se faz, quando se lê, uma prática da letra, por isso o convite de Lacan para que soletremos Hamlet está de acordo com essa perspectiva. Vamos no caminho de Lacan com Freud que inclui esse modo de leitura.

Lacan, em seu Seminário 6, na primeira lição dedicada à Hamlet, se deixa guiar por Freud e valoriza seu primeiro esboço de percepção sobre Hamlet. Segundo Lacan, os demais comentadores figuram como mera “digressões” ou “floreios”[2]. Salvo Jones quem ele atribui maior importância. O ponto destacado dessa primeira percepção freudiana repousa sobre o que é considerado ser o grande dilema ou “problema” do herói da trama: cumprir a vingança do qual está encarregado pelo fantasma do próprio pai para vingar sua morte. Segundo outros autores, como Goethe e Coleridge, a hesitação de seu ato, que paralisa sua ação, está ligada a um desenvolvimento excessivo da ordem do pensamento.

Segundo Lacan, os outros autores alegam que Shakespeare pretendeu representar um herói ou personagem central doentio, histérico e indeciso. Contudo, o que é apontado por Freud e seguido por Lacan é que Hamlet não se mostra incapaz de agir, já que mata um homem (Polônio) atrás de uma porta em uma conversa com sua mãe e envia os seus dois velhos amigos Rosencrantz e Guildenstern para a morte que lhes estava destinada após o trairem. Porém, o que impede Hamlet de executar a tarefa é de outra natureza e reside, segundo a citação de Lacan à Freud, na natureza em si da própria tarefa. O que significa ou condensa essa ação?

Há de se convir que é a natureza dessa tarefa. Hamlet pode agir, mas não conseguiria se vingar de um homem que matou seu pai e tomou o lugar dele junto a sua mãe, de um homem que realizou os desejos de sua infância. O horror que deveria impeli-lo à vingança é substituído por remorsos, por escrúpulos de consciência. Acabo de traduzir em termos conscientes o que permanece inconsciente na alma do herói…. (Lacan J. 1959, p.259 Apud Freud, S.)

A tradução em termos conscientes do que é da ordem inconsciente realizada por Freud situa para Lacan, com enorme precisão, o lugar de Hamlet na trama edipiana. O destaque conferido ao termo “escrúpulos de consciência” se deve ao fato de ser sob essa aparência que sentimentos inconscientes e recalcados mostram sua cara. Segundo Lacan, é o que pode se expressar de forma consciente, e que se apresenta ao mesmo tempo inconsciente na alma do herói.

A partir disso, o que seria interessante, segundo Lacan, nos perguntarmos é de que forma os “escrúpulos de consciência” se articulam ao inconsciente?  É o que Ella Sharpe, citada por Lacan, o demonstra a partir das associações livres ou relatos de sonhos de seus pacientes. E também é o que aparece a partir do comentário de Lacan, logo nos primeiros capítulo desse Seminário 6,  do relato de Freud a respeito do sonho do pai morto. O famoso dito “Ele não sabia que estava morto” da análise desse sonho, onde a imagem do pai encarna o próprio inconsciente do sujeito – e também seu próprio anseio inconsciente de morte contra seu pai.

Por isso, os sonhos edipianos, a análise, as tragédias e fabulações colocam ou trazem para a cena o desejo inconsciente e também sua articulação com a consciência ou as suas formas de aparições. Cito:

Freud, com efeito, insistiu muito no fato de que os sonhos edipianos são como as irrupções desses desejos inconscientes, que são como que sua fonte fundamental e que sempre reaparecem. Quanto ao Édipo de Sófocles ou aqueles da tragédia grega, eles são como a elaboração, a fabulação do que sempre surge desses desejos inconscientes. É assim que as coisas são, textualmente, articuladas por Freud, que nos diz que, em Hamlet, esses mesmos desejos da criança estão recalcados e só ficamos sabendo da sua existência, assim como nas neuroses, por seus efeitos inibidores. (Ibid, p. 258) [grifos nossos]

Mais uma vez, confirmamos só termos acesso aos nossos desejos inconscientes através de seus efeitos. É por isso que, os “escrúpulos de consciência” são tão explorados por Lacan, entendidos como efeito do verdadeiro desejo inconsciente não sabido de Hamlet. Dessa forma, correlacionamos que os sonhos edipianos ou a história encenada pela tragédia grega são reflexos dos desejos inconscientes, sua fonte “fundamental”.

Com essa introdução, localizamos o que interessa a Lacan com Freud: “ler” em toda a trama escrita por Shakespeare, em mínimos detalhes, desenvolvimentos, percalços e falas, como se articulam os “efeitos” do desejo inconsciente. Para isso é que Lacan nos convida a “soletrar” Hamlet (Ibid, p. 261).

Antes de tudo, veremos na conduta de Hamlet o que quer dizer esse desejo inconsciente. Sabemos que os “escrúpulos de consciência” são sua representação na consciência, mas e o que mais? Segundo Lacan, algo não vai bem no desejo de Hamlet. O “barômetro” da posição de Hamlet em relação ao desejo se presentifica na sua relação com a Ofélia:

Freud nos indica e vemos aparecer na peça, em correlação com o drama propriamente dito, um horror à feminilidade como tal, cujos termos são articulados, no sentido mais próprio da palavra, pelo próprio Hamlet, quando ele expõe aos olhos de Ofélia todas as possibilidades de degradação, variação e corrupção ligadas ao desenvolvimento da própria vida da mulher quando esta se entrega a todos os atos que, pouco a pouco, fazem dela uma mãe- em nome do que Hamlet a rejeita, e o faz de uma maneira que parecer ser a mais sarcástica e cruel. (Ibid, p. 267) [grifos nossos]

A sua inicial relação com a Ofélia sofre uma alteração drástica desde a morte do seu pai. Hamlet se torna posteriormente hostil, sarcástico e cruel com Ofélia. O horror à feminilidade encarnada por Ofélia, correlata ao que sua própria mãe representa, resulta de um quase rechaço à posição feminina de objeto. Existe uma relação, segundo Lacan, entre a sua posição no desejo e o que a feminilidade lhe apresenta.

Porém, a relação do desejo de Hamlet também gira em torno do seu ato. Hamlet tem um ato a executar e tudo o mais depende disso. E o que ele faz? Procrastina, deixa para depois. É aí que vamos com Lacan à pergunta no início do texto: qual é a natureza desse ato ou “o que significa o ato que lhe é proposto?” (Ibid, p. 268).

Nesse ponto, Lacan faz questão, apoiado em Freud, de deixar claro que esse ato nada tem a ver com o ato edipiano, o desejo de matar o pai inconsciente. Tal, como seria no Édipo, onde o herói quer escapar desse desejo (destino) e não sabe que ele determina toda a sua vida, mesmo que ele o evite. É por querer conscientemente escapar de seu destino (desejo) que Édipo realiza exatamente a profecia sem sabê-lo, o que o leva ao seu trágico final. A tragédia de Édipo é a da primazia do destino ou desejo inconsciente justamente por ele agir de forma não sabida.  Enquanto a tragédia de Hamlet é, segundo Lacan, a “tragédia do desejo” (Ibid, p. 272).

Pois, diferente de Édipo, Hamlet já sabe de antemão sobre o desejo inconsciente que lhe é revelado de forma peculiar pela aparição do espectro de seu pai. O que lhe outorga de antemão a culpa dos pecados não expiados do seu pai e a sua própria culpa ou “escrúpulos de consciência” pela realização por seu padrasto de seu mais profundo desejo inconsciente. Lacan alude a esse ponto dessa forma: “Para ele, é insuportável ser. Bem antes do começo do drama, ele conhece o crime de existir.” (Ibid, p. 268) [grifos nossos]. O desejo inconsciente de matar o pai, do qual o Édipo tenta escapar, já foi realizado em Hamlet. Alguém, que poderia ter sido ele próprio, já matou o seu pai e assumiu o seu lugar.

O “crime de existir” faz Hamlet se colocar diante de uma escolha:

Ser ou não ser – eis a questão. Será mais nobre sofrer na alma. Pedradas e flechadas do destino feroz. Ou pegar em armas contra o mar de angústias – E, combatendo-o, dar-lhe fim? Morrer; dormir; Só isso. E com o sono – dizem – extinguir. Dores do coração e as mil mazelas naturais.

A que a carne é sujeita; eis uma consumação. Ardentemente desejável. Morrer – dormir – Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo! (Shakespeare, W. Trad. Millôr Fernandes)

O que é interpretado por Lacan ser a questão colocada por Hamlet “ser ou não ser”, tem como consequência uma posição que ele tem que assumir diante do que o fantasma de seu pai lhe apresenta quando relata a causa de sua morte: “Abatido em plena floração de meus pecados”. (Ibid, p.25)

O fantasma de seu pai lhe revela que ao momento de sua morte pela mão do irmão, foi surpreendido na “flor de seus pecados” e morreu em pecado. Por esse mesmo motivo seu espírito é condenado a pairar e a vagar pela noite sem encontrar paz até que seus pecados cometidos em vida sejam expurgados.

Por isso, para Lacan: “Trata-se, para o filho, de encontrar o lugar ocupado pelo pecado do Outro, o pecado não pago pelo Outro.” (Lacan, J. 1959, p.269) Ao contrário de Édipo que paga pelo crime que não sabia que cometeu aqui Hamlet apesar de sabê-lo ainda não pagou pelo crime de existir. Por isso mesmo se trata a si próprio como um covarde:

Sou então um covarde? Quem me chama canalha? Me arrebenta a cabeça, me puxa pelo nariz, E me enfia a mentira pela goela até o fundo dos pulmões? Hein, quem me faz isso? (Shakespeare, W. p. 48)

A covardia atribuída à paralisação da sua ação pela sua dúvida é o que posteriormente se deslinda através dos tortuosos caminhos pelos quais Hamlet precisa passar para vingar a morte do pai. Para finalmente matar seu padrasto sabemos, ao final da trama, esse feito só poder se realizar a preço de sua própria vida:

Hamlet não pode nem pagar no lugar do pai, nem deixar a dívida em aberto. No final das contas, tem de fazer com que seja paga, mas nas condições em que está colocado, o golpe passa através dele mesmo. (Ibid)

A necessidade de que a morte ou eliminação de Claúdio passe através dele mesmo é apontada por Lacan como um desfecho que é reflexo de uma problemática ligada à castração.

É justamente porque faltou alguma coisa na situação original, inicial, do drama de Hamlet – enquanto distinta daquela da história de Édipo -, a saber, a castração, que, no interior da peça, as coisas se apresentam como um lento caminhar em zigue-zague, um lento parto, por vias tortuosas, da castração necessária. (Ibid, p. 270)

É por essa mesma problemática que Lacan se interessa pelo drama de Hamlet como algo que possa servir para reforçar uma espécie de elaboração do complexo de castração e ter no horizonte de que maneira isso se articularia concretamente na análise, ao longo de seu percurso. (Lacan, J. 1959, p. 257)

Bibliografia

BLOOM, Harold. Hamlet: Poema ilimitado. Tradução de José Roberto O’Shea. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

COLERIDGE, Samuel T. A balada do velho marinheiro e outros poemas. Exilados dos livros. Disponibilizado por Le Livros, em: https://poiesisufpr.files.wordpress.com/2015/06/a-balada-do-velho-marinheiro-samuel-taylor-coleridge.pdf

JONES, Ernest. (1949) Hamlet e o Complexo de Édipo. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1970.

LACAN, J. (1958-59) O seminário, livro 6: o desejo e sua interpretação. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.

ROSA, Márcia. Ella também sabia sem Lacan aquilo que ele ensinava! Em: http://www.revistaderivasanaliticas.com.br/index.php/ella

SHARPE, Ella Freeman. (1937) Análise dos sonhos. Um manual prático para psicanalistas. Imago Editora, 1971.

SHAKESPEARE, William. Hamlet. Tradução: Millôr Fernandes. Texto disponibilizado em: www2.uol.com.br/millor/

TCHEKHOV, Anton. A Gaivota. Tradução e Pós-fácio: Rubens Figueiredo. Cosac & Naify, 2004.

[1] Esse texto é consequência das discussões que têm tido lugar no Núcleo de Pesquisa Práticas da Letra, coordenado por Ana Lucia Lutterbach Holck e Ana Tereza Groisman, empenhado na leitura do conjunto das lições de Lacan do Seminário 6 sobre Hamlet.

[2] Lacan agrupa em três vertentes os esforços de crítica dirigidos à Hamlet. Nas duas primeiras vertentes estão Goethe e Colerigde e na terceira à qual ele atribui maior importância, quem “introduz a posição analítica” é Jones. ( Lacan, J. 1959, p. 276)

Hamlet: obra-de-arte e quintessência do pó

Flavia Trocoli

Alguém já disse que são tantos Hamlets quanto são os seus leitores. Então, vou limitar-me a ler Hamlet através de seus leitores. Essas indicações de leitura, que apresento hoje aqui[1] de maneira mais topicalizada do que argumentativa, se organizarão através da ênfase em um eixo problemático, a saber: a relação disjuntiva entre pensamento e ação, questão exaustivamente trabalhada desde o romantismo alemão até Harold Bloom.

A tragédia grega – estrutura da ação trágica: dando destaque ao fato de que a tragédia grega surge ao mesmo tempo que o Direito, Vernant e Vidal-Naquet, em Mito e tragédia na Grécia Antiga, propõem que a tragédia grega sustenta-se em uma estrutura ternária em que se enlaçam a estética, a política e a psicologia. Diferente da epopéia em que a ação dos homens estava ligada aos deuses e às suas qualidades, a ação trágica é o núcleo da tragédia, o herói é agente e paciente da ação, é engendrado pela ação.

Drama de Hamlet – pensamento sem ação: mais de 20 séculos depois, enquanto Racine ainda se esmerava em seguir o modelo grego, Shakespeare reinventará, por assim dizer, o trágico através de Hamlet, o herói que justamente procrastina sua ação. Hamlet pensa e não age. Depois da saída do fantasma, Hamlet diz: “Só o teu mandamento permaneça nas páginas do livro do meu cérebro.” Ainda nessa direção podemos ler a enigmática frase – “The time is out of joint”- não apenas como um diagnóstico do seu tempo (o do terror), mas como um entre, como uma disjunção entre o pensamento e a ação. Tempo do drama da sucessão que não deixa de ser tempo, também, do luto. O Rei e a Rainha dizem a Hamlet que ele precisa tocar a vida. Ele reivindica o luto denunciando o tempo, sem luto, da morte do pai e do casamento da mãe com o tio: as carnes do enterro foram servidas no casamento.

A representação – cena sobre a cena: muitos críticos dirão que Hamlet é um drama sobre a representação teatral, dessa perspectiva Hamlet é um personagem trágico em busca da ação e que duvida dela. Em ruptura com Édipo Rei, Hamlet dramatiza a perda da unidade da tragédia clássica. Não sabe sobre o ser e não sabe sobre o fazer. Seu drama é ontológico e ético: parecer, fazer ou não fazer, ser e não-ser. O que resistirá à destruição absoluta, à voragem do nada? A própria força do verso, a astúcia da linguagem de Hamlet. O pensamento ilimitado diante da finitude da vida: somos obra-de-arte e quintessência do pó.

BLOOM, Harold. Hamlet – poema ilimitado. Tradução: José Roberto O´ Shea. Inclui texto integral de “Hamlet” traduzido por Anna Amélia de Queiroz Carneiro deMendonça. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

BRADLEY, A.C. A tragédia: Hamlet, Otelo, Rei Lear, Macbeth. Tradução: Alexandre Rosas. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

DUARTE, Pedro. “A filosofia Romântica do trágico, ou a moderna ironia de Hamlet.” In: Revista Terceira Margem – Dossiê Tragédia e modernidade. Número 27.  2013. http://www.revistaterceiramargem.com.br/index.php/revistaterceiramargem/issue/view/1

FRYE, Northorp. Sobre Shakespeare. Tradução: Simone Lopes de Mello. São Paulo: EDUSP, 1992.

HELIODORA, Barbara. Falando de Shakespeare. São Paulo: Perspectiva, 2004.

KERMODE, Frank. A linguagem de Shakespeare. Tradução: Barbara Heliodora. Rio de Janeiro: Record, 2006.

VERNANT, J-P. & VIDAL-NAQUET., P. Mito e tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Perspectiva.

[1] Essa exposição, que ocorreu em 20/05/2016, serviu de introdução à leitura que o Núcleo Práticas da Letra está realizando das sete lições sobre Hamlet do Seminário 6, de Jacques Lacan.

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