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O trabalho clínico, epistêmico e político do ICP

Por Maria do Rosário Collier do Rêgo Barros

O trabalho clínico, epistêmico e político do ICP no ensino da psicanálise se apoia em sua vocação de pesquisa. A pesquisa entrelaça essas três dimensões e oferece aos alunos, aos associados e aos participantes dos Núcleos diferentes espaços para sua formação permanente, como também a ocasião de descobrir maneiras de estar presente no social, atentos às diferentes formas de segregação oriundas dos impasses próprios de nossa época. Assim, a cada vez, podemos descobrir o uso possível de nossos instrumentos para evitar que os processos segregativos a serviço da pulsão de morte produzam efeitos desastrosos, como previa Lacan em seu texto “Alocução sobre as psicoses da criança”[1].

A pesquisa em psicanálise necessita de uma casuística recolhida do atendimento oferecido por um psicanalista (e pelos clínicos que se orientam pela psicanálise) e acompanhada em supervisão em cada um de seus diferentes momentos, desde o acolhimento até sua conclusão, passando pelo cálculo das intervenções (interpretação, ato, manobra na transferência) e a disponibilidade à contingência.

A cada ano precisamos pensar como renovar esses espaços e transmitir suas elaborações. Os cursos oferecidos pelo ICP buscam oferecer os instrumentos conceituais para esse trabalho de pesquisa. A cada encontro com um paciente renovamos nossa aposta no sintoma, que se apresenta de diferentes maneiras ao longo da experiência, desde localizar os significantes nos quais o gozo está fixado, até levar o sujeito a interrogá-los e produzir novas formas de arranjos sinthomáticos.

Em setembro, os Institutos do Campo Freudiano na América Latina se reunirão em Buenos Aires, no VIII ENAPOL, sobre o tema “Assuntos de família, seus enredos na prática” – o que nos convida mais uma vez a verificar os efeitos do declínio do pai, não só nas novas formas de constituição e organização das famílias, mas também na prática da psicanálise. Estar atento à dimensão da singularidade requer uma prática sem standards, mas não sem princípios, não sem  uma orientação, que é o que buscamos transmitir no ICP.

As famílias mudam, mas os analisantes continuam a falar dos pais e a interrogar as condições de seus nascimentos e a trama dos laços familiares que os antecederam.

Quando Lacan aponta para o fato de que nascemos do mal-entendido[2] de nossos ascendentes, ele oferece um ponto de abertura que permite a separação do peso dos enredos familiares, que transformam em necessários os efeitos dos acontecimentos contingentes que marcaram nossas vidas.

Ao apreender a dimensão de mal-entendido nos enredos que alimentaram suas construções fantasmáticas e seus sintomas, cada um terá a chance de se reconectar com suas marcas singulares, que servirão de apoio para seu estilo de vida orientado pelo seu sinthoma.

Articular mal-entendido e sinthoma serve também de bússola para nos orientarmos em relação às novas parcerias amorosas e aos novos arranjos familiares.

[1] Lacan, J.: “Alocução sobre as psicoses da criança”. In: Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. “[…] o problema mais intenso de nossa época, na medida em que ela foi a primeira a sentir o novo questionamento de todas as estruturas sociais pelo progresso da ciência. No que, não somente em nosso próprio domínio, o dos psiquiatras, mas até onde se estende o nosso universo, teremos que lidar, e sempre de maneira mais premente, com a segregação” (p. 360).

[2] Lacan, J. “O mal-entendido”. In: Opção lacaniana – Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, n. 72, março de 2016.

Psicanálise, ciência e política

(Adriano Aguiar – Retrospectiva da pesquisa do Núcleo de Psicanálise e Medicina em 2015)

Na último encontro do Núcleo de Psicanálise e Medicina do ano de 2015 fizemos uma retomada do trabalho desenvolvido no período. Este texto é a tentativa de colocar em escrito aquilo que se depositou de nossas discussões ao longo do ano.

Na famosa conferência sobre O lugar da psicanálise na medicina, Lacan conseguiu perceber o essencial do que seria uma certa transformação na medicina, que hoje aparece de forma bastante clara para nós. Também soube ver como essa mudança se articula com as transformações do mundo em que vivemos. Não por acaso, Lacan inicia a sua intervenção apontando que naquele momento (1966) uma redefinição da democracia estava em curso, anunciando que no futuro o mundo seria estruturado de outra maneira. Que Lacan tenha dito isso em uma conferência sobre a medicina, só confirma sua percepção aguda do lugar central que esta ocupa na subjetividade de cada época:

“É no ponto em que as exigências sociais são condicionadas pelo aparecimento de um homem que sirva às condições de um mundo científico, que provido de novos poderes de investigação e de pesquisa, o médico encontra-se face a novos problemas. Quero com isto dizer que o médico nada tem de privilegiado na organização desta equipe de peritos diversamente especializados nas diferentes áreas científicas. É do exterior de sua função, especialmente da organização industrial, que lhe são fornecidos os meios, ao mesmo tempo que as questões, para introduzir as medidas de controle quantitativo, os gráficos, as escalas, os dados estatísticos através dos quais se estabelecem, indo até uma escala microscópica, as constantes biológicas. (…) O médico é requerido em sua função de cientista fisiologista, mas ele está submetido ainda a outros chamados. O mundo científico deposita em suas mãos o mundo infinito daquilo que é capaz de produzir em termos de agentes terapêuticos novos, químicos ou biológicos. Ele os coloca à disposição do público e pede ao médico, assim como se pede a um agente distribuidor, que os coloque à prova. Onde está o limite em que o médico deve agir e a quê deve responder? A algo que se chama demanda? ” (Lacan, 2001)

Partindo desta observação de Lacan, a respeito da íntima relação entre a medicina e a transformação pela qual vinha passando o mundo em que vivemos (o que de certo modo antecipa em 10 anos aquilo que depois Foucault veio a desenvolver com o conceito de biopolítica), nos voltamos para investigar o momento histórico de emergência do ensino de Lacan, no seio do movimento que fez barulho no meio intelectual francês nas décadas de 1950/60 – o estruturalismo.

Interessava-nos sobretudo investigar a relação do estruturalismo com a ciência e com as transformações histórico políticas daquela época. Uma citação de Claude Levi-Strauss nos interessou bastante. Em um dos capítulo iniciais do livro Antropologia Estrutural, na qual ele reconhece sua dívida com Sausurre e Jakobson. Levi-Strauss define assim sua concepção de estrutura inconsciente:

“Se, como cremos, a atividade inconsciente do espírito consiste em impor formas a um conteúdo, e se as formas são fundamentalmente as mesmas para todos os espíritos, antigo e moderno, primitivo e civilizado, (…) é preciso e basta atingir a estrutura inconsciente, subjacente a cada instituição ou a cada costume, para obter um principio de interpretação válido para outras instituições e outros costumes” (Levi-Strauss, apud, Peters, M. p. 23)

Ao ler esta passagem hoje em dia, é surpreendente observar quão fortemente o movimento estruturalista apostava que a linguística estrutural seria capaz de trazer, para o campo das chamadas ciências humanas, uma cientificidade universal. Miller, por exemplo, ao comentar sobre a segregação de estrutura à qual a psicanálise é submetida pelo senso comum, afirma que Lacan sonhou poder suspender esta segregação pela via do estruturalismo, e o definiu da seguinte forma:

“O que é o estruturalismo cujas impressões marcam o ensino de Lacan? Foi um apelo feito aos matemáticos para resolver – por mais inverossímel que isso possa parecer – o problema da condição humana. É a ilusão de que se pode substituir o trágico pelo matemático, e até mesmo pelo lógico; substituir o patema pelo matema” (Miller, 2002, p. 8)

Não foi à toa que a geração seguinte de filósofos franceses (os chamados “pós-estruturalistas” – Derrida, Deleuze e Foucault), armada com o pensamento de Nietzsche que estava se introduzindo na França, e entusiasmada pelas transformações políticas e dos costumes que desembocaram nos movimentos de maio de 1968, fizeram uma forte crítica ao estruturalismo (e consequentemente à psicanálise lacaniana) por considerarem a perspectiva estrutural cientificista, a-política e a-histórica.

Com este background filosófico, pudemos compreender melhor o texto que inaugurou o segundo momento da investigação do núcleo, no primeiro semestre. Podemos ler o texto Intuições Milanezas de Jacques-Alain Miller, como uma resposta a esta crítica dos pós-estruturalistas. No embalo do sucesso causado pelo livro Império, de Antonio Negri e Michael Hardt – que se tornou um best seller ao analisar criticamente a globalização a partir da passagem de uma sociedade disciplinar (Foucault) para uma sociedade de controle (Deleuze) através do conceito de Biopolítica – Miller retoma um aforisma de Lacan no seminário sobre A lógica da Fantasia: “O inconsciente é a política“.

O desenvolvimento que Miller dá a essa passagem de Lacan responde àqueles que só souberam enxergar na psicanálise lacaniana um estruturalismo formal universal, que independe da história e da política. Num movimento presciso, Miller deixa para trás essa crítica já cansada, mostrando que Lacan qualificou o inconsciente como “transindividual”. Segundo Miller, o aforismo “o inconsciente é a política” transporta o conceito de inconsciente para fora da esfera solipsista, inserindo-o na Cidade, fazendo-o depender da História.

A inflexão que Miller deu à sua leitura de Império, reconhecendo, na sociedade disciplinar e na sociedade de controle, as estruturas lacanianas do todo e do nãotodo, enriquece muito a grade de leitura da psicanálise na era da globalização. Pois, com esta perspectiva, podemos passar de uma visada político-sociológica, para uma pegada propriamente clínica sobre o mundo atual, articulando as transformações da cultura com a constituição do sujeito.

Munidos desta grade de leitura, pudemos então retornar um pouco no tempo, para ler o modo como o sociólogo Robert Castel descreveu o modo pelo qual o cruzamento histórico do neoliberalismo emergente, no final de década de 70, com as novas possibilidades tecnológicas, trazidas pelo surgimento dos computadores, implicaria em outro tipo de relação com os corpos e com a vida, que transformaria a medicina.

Se para Foucault, as normas sociais e as técnicas disciplinares tinham como objetivo implementar uma “anatomopolítica dos corpos”. O que Castel, já em 1981, procurava fazer seus leitores perceberem é que, no limite, as lutas libertárias do final dos anos 60 pareciam ter derrapado para uma concepção de subjetividade liberada que logo se encontraria sem confrontação, não tendo mais outro objetivo senão sua própria cultura. Estávamos mergulhando, diz ele, em um narcisismo coletivo “pós-disciplinar”, que busca nada mais do que extrair uma mais valia de gozo ou eficiência dos corpos enfim liberados.

O processo de liberação que denunciava as instituições totalitárias, como os manicômios por exemplo (Castel foi um grandes militante e teórico da reforma psiquiátrica na França em seus livros anteriores), foi sendo rapidamente capturado por outras estratégias. O sistema se modernizou e passou a adotar estratégias cujas funções não podiam mais ser desvendadas apelando para as velhas categorias de hierarquia, coerção, repressão, etc.

Os desdobramentos da medicina mental, através de três frentes inéditas, garantiria a renovação das estratégias, articulando a medicina menos ao poder patriarcal do Estado do que ao poder nãotodo do capitalismo neoliberado. Essas três novas frentes da medicina seriam o que Castel chamou de:

1) retorno do objetivismo médico, na qual reconhece a psiquiatria biológica insurgente (lembremos que o DSM-III foi publicado em 1980);
2) gestão das populações de risco, identificando nas avaliações estatísticas uma nova fórmula de gestão do social, que não passa pela vigilância direta, hierárquica, corpo a corpo;
3) técnicas de intensificação do “potencial humano”, que estão na raiz do que hoje podemos reconhecer como terapias cognitivo comportamentais e de auto-ajuda.

Castel percebeu assim, os primórdios do que viria a se transformar numa completa rearticulação do campo da medicina que, tal como Lacan havia previsto em 1966, estava diretamente articulada às transformações do mundo pelo capitalismo globalizado, que emergia e se modulava, antes mesmo da queda do muro de Berlin.

Estas novas articulações do campo da medicina com o capitalismo se transformariam 30 anos depois, naquilo que Nikolas Rose chamou de Politics of Life Itself, que foi nossa leitura seguinte.

No final do século XX, muitos previram que nós estávamos entrando naquele que seria o século da biotecnologia, uma era na qual assistiríamos o surgimento de novas possibilidades médicas, ao mesmo tempo fascinantes e preocupantes. Para a medicina, o sequenciamento do genoma humano prometia inaugurar uma nova era de manipulação genética para o tratamento de doenças até então incuráveis, mas também com consequências potencialmente terríveis. A vinculação da genômica com a evolução das tecnologias de reprodução artificial, a pré-implantação de diagnósticos genéticos, e até mesmo a clonagem, fazia alguns imaginarem um mundo de pessoas com qualidades e capacidades fabricados sob demanda, tal como assistimos no filme Guattaca. Outros diziam que uma nova geração de psicofármacos logo nos permitiria regular nossos humores, emoções, desejos e inteligência conforme a nossa vontade. Alguns chegaram a sonhar até com a conquista da imortalidade, um mundo em que os seres humanos alargariam a sua duração de vida indefinidamente.

Muitas destas técnicas biomédicas na verdade já fazem parte do nosso cotidiano: triagem genética, tecnologias reprodutivas, transplantes de órgãos, a modificação genética de organismos, e as novas drogas psiquiátricas, por exemplo – que são hoje os medicamentos mais consumidos no mundo. Enquanto muitos depositam enormes esperanças nessas novas tecnologias médicas, outros alertam para os perigos de se tratar a vida humana e de outros seres vivos (vide o debate a respeito dos alimentos “transgênicos”) como infinitamente maleável.

Vale lembrar que foi justamente este o tema do último Congresso da Associação Mundial de Psicanálise, em Paris em 2014, quando Miller nos convidou a investigar as “desordens no real” produzidas pela “bioengineering” que, segundo ele, será a grande característica deste século XXI. (Miller, 2012)

Nikolas Rose nos mostra que a medicina do futuro, que já vivemos, será cada vez menos delimitada pelos pólos de saúde e doença, se ocupando cada vez mais da nossa crescente capacidade de controlar, gerenciar e remodelar, incrementar e até mesmo transformas as capacidades vitais dos seres humanos como seres vivos (e o espectro de suas modalidades de gozo, diríamos). Isto tem uma série de novas possibilidades e perigos, que não caberia aqui desenvolver.

De todo modo, tudo isto nos convoca a perguntar: qual deve ser a posição do psicanalista frente a essas transformações na medicina e na subjetividade de nosso tempo?

Um texto clássico de Eric Laurent nos serviu de bússula – O Analista Cidadão. Neste texto, ao falar do papel do psicanalista na saúde mental, Laurent lembra que quando o mundo se tornou mais permissivo, após os anos 60, a denúncia típica dos analistas de que havia alguma forma de gozo escondida por trás dos ideais, ficou um pouco fora de moda, de modo que em uma determinada etapa dos movimentos de esquerda, os analistas foram assumindo cada vez mais a posição do que Laurent chamou de “intelectual crítico”. O intelectual crítico era aquele que se mantinha em seu lugar, tranquilo, se dedicando somente a produzir o vazio. Era uma concepção da psicanálise como prática da desidentificação. No social, o analista levava a desidentificação a todas as partes, sempre denunciando a ordem do mundo. É contra esta posição que Eric Laurent se insurge, ao refletir sobre o analista na saúde mental:

“Digamos claramente que temos que destruir essa posição: delenta est! Ela não pode prosseguir e, se os analistas creem que podem ficar aí… seu papel histórico terminou. A função dos analistas não é essa, daí o interesse que há em inseri-los no dispositivo da saúde mental. Os analistas têm que passar da posição de analista como especialista da desidentificação à de analista cidadão.” (Laurent, 1999, p.8)

Tomamos esta indicação de Eric Laurent, como orientação para pensar nossa posição com relação às transformações da ciência e seus efeitos na medicina e no social. Pois, todas essas mudanças no homem, o reducionismo que predomina na maior parte das concepções a respeito da psiquiatria e das neurociências, fortemente vinculados à indústria farmacêutica e biotecnológica, faz com que nosso ímpeto inicial seja justamente assumir a posição da denúncia, recusando o real da ciência.

Mergulhamos em “A ciência e a verdade” de Lacan, percorremos diversos textos de Miller sobre este tema, e percebemos que esta não pode ser a posição da psicanálise de orientação lacaniana. Miller nos mostra que o discurso da ciência, ao buscar a todo custo encontrar o saber no real e suturar a hiância que aloja o sujeito e a verdade, produz pelo seu próprio desdobramento uma reação humanística, que busca negar o saber no real para afirmar que o essencial escapa ao saber científico.

Segundo Miller esta posição reivindica “o gozo da ignorância frente ao saber científico”, e não pode ser a posição da psicanálise lacaniana, já que

“o que Lacan trará, não consiste de modo algum, recusar o saber científico e o saber no real. Porque recusar o real científico, recusar o discurso da ciência é uma via de perdição que abre para todas as manigâncias psis. Não recusar esse saber, admitir que há saber no real, mas ao mesmo tempo, formular que nesse saber há furo, que a sexualidade faz furo nesse saber ” (Miller, 2005 p. 16).

Miller nos convida assim a pensar em uma “nova aliança entre a psicanálise e a ciência” que repousa sobre a não-relação. Uma nova aliança que consiste em uma posição terceira, animada por um desejo de saber inédito, que buscaria se haver com o retorno do sujeito no campo científico: “a psicanálise se situa no ponto onde se trataria de ocupar-se da questão da verdade com os meios da ciência”. (Miller, 1994, p. 20)

Foi neste ponto que fechamos os trabalhos do Núcleo Psicanálise e Medicina em 2015. Fizemos uma investida teórica intensa, mas nossas discussões foram animadas sobretudo por vinhetas clínicas, que é nosso principal interesse. Como vêem foi um ano de muito trabalho, levado por um desejo decidido e por uma transferência de trabalho muito produtiva com os colegas sempre muito participativos. São eles:

Aline Machado Samaoui – psiquiatra do CAPS Ernesto Nazareth
Ana Maria Lima – jornalista, aluna do ICP
Carolina Cunha Ribeiro – psicóloga da Casa da Aŕvore
Cecilia Castro – designer, aluna do ICP
Christine Saturnino – aluna do ICP
Clara Feldman – psicóloga, doudoranda IMS/UERJ
Daniel Levin – residente de psiquiatria HU/UFRJ
Deborah Uhr – psicóloga, supervisora clínico-institucional da AP3.1.
Elisa Aires – psicóloga do INCA
Gustavo Fonseca – psicólogo, doutorando UFF
Lourenço Astua de Moraes – psicólogo, ex-aluno do ICP
Luciana Bacellar – psicóloga do CMS Gávea
Luis Granato – psicólogo, prof. IBMR
Marcio Moreno Barbeito – psiquiatra, diretor do CAPS-AD Centra Rio
Marilia Arreguy – psicóloga, professora do programa de pós-graduação em educação da UFF
Marina Valle – psiquiatra, NASF AP3.2, ex-aluna do ICP
Nelson Barroso – psicólogo, aluno do ICP
Paula Poton – psiquiatra, aluna do ICP
Paulo Edmundo Lopes – psiquiatra
Rodrigo Fraga – psiquiatra, ex-aluno ICP
Rodrigo Lyra – psicólogo, membro da EBP/AMP
Suely Azevedo – psiquiatra supervisora do Programa Designa e do CAPS Herbert de Souza até 2014.
Vitor Lobato – residente de psiquiatria HU/UFRJ

Agradeço a todos pelo excelente trabalho! Que possamos estar juntos de novo em 2016.

Boas Festas!

Adriano Aguiar  (Coordenador do Núcleo de Psicanálise e Medicina)

 

* Partes deste texto foram extraídas de Aguiar, A. O corpo e o risco: a atualidade de “O lugar da psicanálise na medicina”. In: Opção Lacaniana Online, 13, 2014.
Referências:
Lacan, J. (2001[1966]). “O lugar da psicanálise na medicina”. In: Opção Lacaniana – Revista Brasileira Internacional de Psicanálise, n. 32. São Paulo: Edições Eolia.
Laurent, E. O analista cidadão. Revista Curinga (EBP-MG), n13, 1999.
Miller, JA. El pase del psicoanálisis hacia la ciencias: el deseo de saber. In: Quarto, 56, 1994.
————– Apresentação do tema do IX Congresso da Associação Mundial de Psicanálise, 2012. Disponível online.
————– A ex-sistência. Opção Lacaniana 33, 2002.
Bibliografia trabalhada durante o ano:
Pós-estruturalismo e filosofia da diferença (Introdução) (Peters, M.)
Intuições milanezas I e II (Miller)
Em defesa da sociedade (última aula). (Foucault, M.)
A gestão dos riscos. Da antipsiquiatria à pós-psicanálise (introdução). (Castel, R.)
Império (Introdução). (Negri, T. & Hardt,M.)
Saúde mental e ordem pública. (Miller)
O analista cidadão (Laurent)
The Tyranny of Diagnosis: Specific Entities and Individual Experience (Charles Rosenberg)
Politics of life itself (Introdução e cap. 1) (Nikolas Rose)
Beyond Medicalization (Nikolas Rose)
A ciência e a verdade. (Lacan)
Elementos de epistemologia. (Miller)
El pase del psicoanálisis hacia la ciencia. (Miller)
El triángulo de los saberes. (Miller)

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